Crítica | ‘Beau Tem Medo’ – O Filme Mais SURTADO do Ano!

Nos últimos anos Ari Aster tem se consagrado como um dos diretores mais queridinhos dentre cinéfilos cults e a nova geração de jovens amantes do cinema. Com propostas fora da caixinha, ele surpreendeu o público com seus filmes ‘Midsommar’ e ‘Hereditário’. Agora o diretor volta a chocar o espectador com seu mais novo projeto, ‘Beau Tem Medo’, que chega a partir dessa semana nas salas de exibição do todo o país.

Beau (Joaquim Phoenix) é um cara extremamente medroso. Ele compartilha suas experiências com seu terapeuta (Stephen McKinley Henderson), que recomenda medicação para que ele consiga controlar suas paranoias. Diante de uma iminente viagem de volta à casa de sua mãe (Patti LuPone) no dia seguinte, Beau tem uma experiência surreal: ao sair de casa, sua mala e suas chaves desaparecem. Sem saber o que fazer, ele telefona para sua mãe, incapaz de decidir sobre ficar em casa e frustrá-la, ou viajar e arriscar deixar seu apartamento aberto e vulnerável. A essa altura, Beau ainda não sabia, mas esse seria o gatilho para que episódios completamente irreais acontecessem no seu dia, em uma sequência absurdos que o levaria em uma jornada inacreditável.

Faltam adjetivos suficientes que consigam passar a essência do que ‘Beau Tem Medo’ de fato é. Se fôssemos somar todas as impressões que as três de projeção passam ao espectador, a real é que ‘Beau Tem Medo’ é um verdadeiro surto, fruto de uma mente perturbada, inquieta e extremamente criativa que Ari Aster decidiu compartilhar com seu público através de histórias sem pé nem cabeça mas que, de alguma forma dentro dessa loucura toda, fazem sentido. Joaquim Phoenix uma vez mais brilha com um personagem profundamente abalado psicologicamente impactado pelo meio social em que está inserido; os fãs poderão fazer relação entre Beau e ‘Joker’ tranquilamente.

Beau Tem Medo’ não é um filme fácil e também não é um passatempo afinal, as três horas de duração dão uma cansada e as histórias são densas. Ainda assim, é um filmão, desses que contam mais e mais coisas toda vez que você o rever. Inspirado em dois projetos anteriores do cineasta, o filme chega ao grande público como mais uma leitura de uma fábula surrealista deste que já é um dos diretores mais nonsense da atualidade.

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