Crítica | ‘Adão Negro’ Poderia (e Deveria) Ter Sido um Filme Bem Melhor…

Desde o lançamento de ‘The Batman’ os fãs da DC aguardam ansiosamente ao segundo e principal lançamento do ano da Warner: o longa de ação ‘Adão Negro’, que introduziria o personagem ao universo dos super-heróis e, eventualmente, faria com que ele se tornasse mais um membro do grupo de heróis. Entretanto, o resultado final desse aguardado filme fica bem aquém às expectativas dos fãs.

Teth Adam (Dwayne Johnson) vivia como uma pessoa escravizada na cidade de Kahndaq, assim como todos os outros moradores. Certo dia, seu filho Hurut (Jalon Christian) encontrou uma pedra azul feita de eterium, mineral desejado pelo imperador para fazer uma coroa do mal. Porém, Hurut quer ver seu povo livre e inicia uma insurgência, o que enfurece o imperador, que acaba punindo com a morte aos revoltosos. Milhares de anos se passam até Adrianna (Sarah Shahi) começar a buscar a coroa feita de eterium, em um momento em que a cidade de Kahndaq está sob controle de uma perigosa milícia. Quando finalmente encontra o objeto, a milícia tenta roubá-lo dela, e, para se salvar, Adrianna invoca Teth Adam de sua tumba. Revivido após tanto tempo, Teth Adam só busca vingança, sem se importar com as consequências de seus atos, e isso desperta a atenção da Sociedade da Justiça, que enxerga nele uma ameaça e decide impedi-lo, apesar de reconhecer que seus poderes são muito superiores a qualquer herói da Terra.

Apesar das boas atuações dos atores principais – The Rock, Sarah Shabi e Aldis Hodge – o roteiro faz uma escolha arriscada ao optar por pular uma introdução detalhada do personagem e resumi-la apenas em um prólogo de menos de dez minutos, criando uma aventura para um protagonista com quem o público terá dificuldade em se conectar, uma vez que fica bem confuso o por quê de ele matar pessoas, quais são seus objetivos e, acima de tudo, por quê passa a ajudar os mocinhos; em contrapartida, fica igualmente difícil entender a existência de um vilão (e suas motivações) uma vez que o foco do filme é o embate heroico entre Adão Negro e a chamada Sociedade da Justiça.

Com uma história confusa e picotada, ‘Adão Negro’ vale pelo visual, pelos efeitos especiais e por uma cena de pós-crédito que empolga mais do que as duas horas de longa-metragem. Dwayne Johnson cumpre o que é esperado dele – ser forte e fazer caras e bocas –, mas, para um ator com tanto carisma e tanto talento, merecia entrar para o universo da DC em uma produção à sua altura.

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