Crítica | Lightyear – Filme entrega emoção sem tirar tom cômico do personagem

Em 1995, ‘Toy Story’ revolucionou as técnicas de animação e apresentou ao mundo Andy, um menino de oito anos com uma grande imaginação e que possuía os mais variados brinquedos, indo de cowboys até dinossauros. Cada brinquedo tinha uma personalidade bem autêntica, o que fez os espectadores se encantarem e desejarem conhecer a história de cada um. Com as sequências, foi descoberto um pouco mais sobre cada personagem, como o Xerife Woody e sua série de televisão, mas muitos ainda possuíam uma origem misteriosa. Até agora. Este ano, o público, finalmente, saberá de onde veio o mais famoso brinquedo astronauta do mundo, com o lançamento de ‘Lightyear’.

Dirigido por Angus MacLane (co-diretor de ‘Procurando Dory’), a nova animação da Pixar Animation Studios conta a origem definitiva de Buzz Lightyear, o herói que inspirou o brinquedo. O famoso patrulheiro espacial se vê preso em um planeta hostil com seus companheiros do Comando Estelar e, agora, contará com a ajuda de uma equipe de recrutas para salvar a todos. Nesta aventura intergaláctica, Chris Evans (‘Vingadores: Ultimato’) empresta a voz ao astronauta na versão original, enquanto a dublagem brasileira é feita por Marcos Mion.

O filme é divertido e cumpre sua proposta, mesclando ficção científica, ação e comédia. Talvez, não atinja as expectativas de alguns por imaginarem ser uma narrativa repleta de ação espacial ao estilo ‘Star Wars’. Apesar da ambientação, ainda se trata de um longa de animação que visa abraçar tanto adultos quanto crianças. A obra começa explicando que se trata do mesmo filme que o menino de ‘Toy Story’ assistiu e o fez querer o brinquedo do personagem. Um início que arrepia e emociona o espectador. Assim, ‘Lightyear’ encontra o equilíbrio para aquecer o coração daqueles que cresceram junto com o Andy e para conquistar o público de uma nova geração.

A obra é recheada de referências a ‘Toy Story’, seja de alguma cena, fala ou um traço da personalidade do Buzz. Apesar de não ter relação com a animação ‘Buzz Lightyear do Comando Estelar‘, o longa lembra um pouco o desenho, mantendo a fidelidade da narrativa de um Buzz orgulhoso e arrogante, que aprenderá a trabalhar em equipe com os personagens mais improváveis. O filme apresenta personagens carismáticos, divertidos e, visualmente, interessantes, algo que indica novos colecionáveis para o futuro, como Sox, o gato robô que o patrulheiro ganha de presente.

O longa-metragem é um filme da Pixar e, assim como qualquer outra obra do estúdio, possui uma história mais complexa e uma mensagem de reflexão escondida por trás do humor e da aventura. Um discurso maduro, que permite que o público mais velho reflita sobre erros, aceitação e as dificuldades da vida. Além da mensagem de que não vale a pena esquecer de viver tentando buscar seus objetivos, também é possível ver que o mais simples dos objetos pode ser essencial na jornada.

Lightyear’ entrega o que promete, uma aventura espacial divertida, dinâmica e emocionante. Tudo o que uma criança de oito anos, como o Andy, gostaria de ver em um filme. Com todo um universo para explorar e novas aventuras pelo caminho, tudo indica que Buzz Lightyear continuará brilhando nas telas dos cinemas. Ao infinito e além. 

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