‘Jurassic World: Domínio’ | Uma promessa que ficou extinta – Crítica Sem Spoilers

Poster Jurassic World Domínio

Jurassic World: Domínio (Jurassic World Dominion 2022) é o mais novo filme da franquia Jurassic World e é, supostamente, o encerramento dessa era Jurássica. O filme é dirigido e escrito por Colin Trevorrow, também por participações no roteiro de Emily Carmichael e Derek Connolly. A Estreia do filme nos Estados Unidos é no dia 10 de Junho, mas que está lançando no Brasil no dia 2 de Junho. O filme se passa 4 anos após os acontecimentos de Reino Ameaçado, mostrando as consequências de ter esses Dinossauros soltos pelo mundo, alguns conseguindo se adaptar ao habitat onde se encontram, e outros nem tanto. Acompanhamos novamente a dupla principal da franquia Jurassic World Owen Grady (Chris Pratt) e Claire Dearing (Bryce Dallas Howard) escondidos junto com Maise Lockwood (Isabella Sermon), que tem várias empresas e governos a procura dela, devido a sua modificação genética. Temos também, como atração principal do filme, a volta do trio clássico Dr. Alan Grant (Sam Neill), Dra. Ellie Sattler (Laura Dern) e Dr. Ian Malcom (Jegg Goldblum), que felizmente fazem mais do que uma curta aparição e são peças essenciais para a trama.

A primeira parte do filme temos os dois núcleos separados, cada um com sua história e “missão”, mas eles acabam se juntando e trazendo uma gostosa interação entre as gerações de fãs. A química do trio original não se perdeu e funciona bem no filme, mesmo que infelizmente não tenha sido tão bem explorada, e dos novos integrantes, Bryce e Isabella são quem dão o maior espetáculo de atuação e desenvolvimento de personagem. A trama envolve a antiga rival da InGen, a Biosyn, que tomou para si o trabalho, supostamente altruísta, de resgatar os dinossauros espalhados pelo mundo para um santuário nas Dolomitas na Itália, prometendo também estudar o genoma dos animais para desenvolver novos remédios e curar doenças que avassalam a humanidade, mas como toda grande corporação, o principal foco é o lucro e o poder de controlar a economia mundial, criando gafanhotos geneticamente modificados, que só não destroem plantações de sementes da própria empresa. Essa trama trás um “frescor” para a série, trazendo questionamentos mais atuais do que os que foram utilizados nos últimos 5 filmes.

Mas onde o filme consegue acertar na trama, nas escolhas de utilizar animatrônicos para os dinossauros, em trazer o trio original de volta e dar uma importância para eles na história, ele peca muito em vários aspectos, como por exemplo muitas das soluções para problemas encontrados durante a trama simplesmente acontecem por roteiro e por falta de tempo para desenvolvimento, o que as vezes dá uma sensação de que esse filme é a continuação de outro que ainda não vimos. As 2 horas e 20 minutos passam muito rápidas, mas isso acaba fazendo com que a história se perca com tantas frentes e que você não consiga se aprofundar nem se interessar tanto por uma parte específica. A trilha sonora é novamente assinada por Michael Giacchino, que diferente dos últimos filmes, não conseguiu emocionar, e acaba trazendo uma trilha sem força e que pouco atribui para as cenas. Para um filme que deveria ser “um presente para os fãs”, como o final da saga Jurássica, temos o tema original tocado pouquíssimas vezes, dando uma sensação de que está faltando alguma coisa.

A promessa de um “final épico”, e tão esperado, para uma franquia com tantos fãs e tão amada a quase 30 anos não foi cumprida, o final do filme não dá aquela satisfação de um encerramento, não temos cenas que emocionam o fã clássico o que faz parecer que o filme é mais um dentro da saga, e não o encerramento.

Jurassic World: Domínio‘ é um filme divertido, feito para ser visto no cinema com a melhor qualidade possível de som e imagem, mas que infelizmente acaba perdendo a atenção do fã clássico, por parecer mais genérico do que o verdadeiro “presente de despedida” que foi prometido, deixando uma sensação de que não foram cuidadosos o suficiente para encerrar esse momento, parecendo que preferiram jogar com a fórmula que vem dando certo do que tentar algo novo para finalizar uma franquia tão amada com quase 30 anos e que revolucionou a história do cinema e como os filmes são feitos…

Nota 7/10

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