A improvável – e, de certa forma, aguardada – classificação de um filme da Marvel como o gênero do terror finalmente aconteceu! Tirando os ares solares e infantis dos projetos de ‘Homem-Aranha’, ‘Homem-de-Ferro’ e ‘Homem-Formiga’, o mais novo lançamento da Marvel recoloca a franquia para o público adulto, trazendo uma trama mais profunda, sombria e, em muitos aspectos, assustadora.
Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) anda tendo pesadelos em que participa de outras dimensões com uma jovem desconhecida (Xochitl Gomez). Quando ele de fato encontra a jovem na sua realidade, e percebe que a garota tem o superpoder de viajar entre os universos – afirmando, assim, a existência de um multiverso –, Stephen procura ajudá-la, uma vez que America está sendo perseguida por criaturas malignas. Porém, ao pedir ajuda para a Vingadora Wanda (Elizabeth Olsen), Stephen se dá conta de que na verdade a amiga é quem está por trás de tudo, e agora ele terá que proteger America através dos muitos universos, custe o que custar.
Apesar de o longa se chamar ‘Doutor Estranho’, fica evidente que, uma vez mais, o plot do longa é sobre a Wanda, e isso começa a ficar um pouco cansativo, afinal, é muito dolorido vê-la sofrer tantas vezes e por tanto tempo. Por outro lado, a direção de Sam Raimi entrega exatamente o que os fãs esperavam para a trama, acrescentando, ainda, um tom mais sério e sombrio para uma franquia que anda infantilizando demais o tom de suas histórias. Ao trazer a história para o submundo – com direito a zumbis, sangue, mortes e perdas – ‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’ volta a agradar o público geral, ainda que traga pré-requisitos (se você não viu as séries ‘WandaVision’, ‘Loki’ e ‘What If’, provavelmente perderá muito entendimento). Tudo isso embalado por uma trilha sonora inconfundível de Danny Elfman.
‘Doutor Estranho no Multiverso da Loucura’ é um ótimo filme para o público que cresceu com a Marvel, e abre ainda mais as possibilidades de extensão da franquia.