Para todos aqueles que durante o primeiro ano da pandemia ficou aguardando ansiosamente para ver o novo “The Batman” e alimentou os dias de alegria com novas notícias e fotos dos bastidores da gravação, a espera valeu a pena: o filme que chega essa semana aos cinemas brasileiros é maravilhoso!
Bruce Wayne (Robert Pattinson) está desgostoso com a vida. Gotham City já não é mais uma cidade boa para viver: hoje ela sucumbe às drogas, à violência e à corrupção. Por isso o Batman é, hoje, mais necessário que nunca. Quando uma série de assassinatos ocorrem na cidade envolvendo grandes figurões – o prefeito, o procurador da justiça e o comissário –, Batman irá se juntar ao Detetive Gordon (Jeffrey Wright) para tentar desvendar a identidade do responsável, nomidado de Charada (Paul Dano). Mas, a ajuda da misteriosa e dúbia Mulher-Gato (Zoë Kravitz) não só fará o coração do morcegão balançar, mas também desvendará um verdadeiro submundo desconhecido pelo Cavaleiro das Trevas, comandado pelo Coringa (Collin Farrel).
Com literalmente quase três horas de duração e um pós-crédito que é mais uma zoação com a cara do espectador, ‘The Batman’ chega para calar a boca dos críticos de ‘Crepúsculo’ e se tornar a leitura definitiva deste que é o super-herói mais famoso não só da DC, mas do mundo. De maneira intensa, imersiva, recheada de ódio e bastante crua, a versão do diretor e roteirista Matt Reeves apresenta um Homem-Morcego muito mais humanizado, com sentimentos, com sensações físicas e cheio de falhas. Aliás, não só ele, mas também seus antagonistas, os vilões e, inclusive, a imaculada família Wayne.
Para todas as versões anteriores do herói – muito mais aventurescas e focadas no embate dele com seu vilão –, dessa vez o filme do Batman é focado nele, na construção da jornada psicológica desse personagem, para além do trauma da infância, do legado do pai e da herança da mãe. De longe essa é a principal contribuição de Matt Reeves para o DCU: fazer um filme do Batman mesmo, que presta homenagem àqueles que vieram antes e também sinaliza para um futuro muito mais sombrio para esse universo.