Você é desses que adora um filme de terror com uma história bacana mas, acima de tudo, com muito sangue para todos os lados? Desses que, se espremer o filme, pinga sangue? Pois então, ‘Os 3 Infernais’ foi feito para você.
Depois de ‘A Casa dos 1000 Corpos’ e ‘Rejeitados pelo Diabo’, o sangrento diretor Rob Zombie volta aos cinemas com mais um capítulo da série de assassinos brutais – que também atendem pelo nome de Família Firefly: Baby (Sheri Moon Zombie), W. F. Coltrane (Richard Brake) e o Lobisomem da Meia-Noite (Sid Haig).
Após ter sido pega, Baby cumpre pena em prisão de alta tensão, porém, está prestes a conseguir o semiaberto. Para garantir o benefício, W.F. e Lobisomem decidem fazer tudo com as próprias mãos, forçando a saída da irmã da prisão. Finalmente reunidos, os três saem em fuga pelos Estados Unidos, porém, como estão sendo procurados, logo decidem cruzar a fronteira e seguir a trilha de matança pelo México.
O grande atrativo nos filmes de Rob Zombie é a pouca preocupação que o diretor e roteirista tem em se apegar às normas sociais. Para tal, ele cria personagens completamente psicopatas – com destaque para Sheri Moon, que construiu uma Baby extremamente desligada das amarras convencionais, incapaz de nutrir sentimentos bons com relação a qualquer pessoa e extremamente focada em satisfazer seus próprios desejos. Em uma justa comparação, Baby é a versão que todo mundo queria da Arlequina: divertida, aérea, agressiva, e sem ressentimentos.
Um dos aspectos que chama a atenção nesse ‘Os 3 Infernais’ é o sutil toque do insólito que Rob Zombie insere em seu longa, em cenas hilárias e nervosas, que misturam sentimentos no espectador. É exemplo disso a cena em que Baby corre pelo jardim e esfaqueia uma mulher pelada ali mesmo, ao ar livre e durante o dia, debaixo dos olhos da vizinha velinha, que assiste a tudo e ainda dá um tchauzinho. Não tem como não rir.
‘Os 3 Infernais’ é um longa despretensioso, engraçado, sanguinolento e divertido, desses para assistir com a galera. Poderia ter passado no Festival do Rio à meia-noite.