Crítica | Pintassilgo – Grande Elenco se Reúne em Ótima Adaptação de Vencedor do Pulitzer

O Pintassilgo’ é um longa baseado no romance homônimo de Donna Tartt, vencedora do prêmio Pulitzer de 2014. O mérito de ganhar um dos maiores prêmios literários do mundo é refletido no resultado final do longa, que estreia este ano nos cinemas.

            Quando o pequeno Theodore Decker (Oakes Fegley, bem no papel) faz uma travessura na escola e sua mãe é chamada pelo diretor, os dois vão até o local, porém chegam cedo demais e, para matar o tempo, decidem dar uma volta em um museu, onde a mãe aponta seu quadro favorito: ‘O Pintassilgo’. Logo em seguida, um atentado a bomba mata a quase todos no local, deixando apenas Theo e uma outra menina, Pippa (a simpática Aimée Laurence) como sobreviventes. Ainda ali, um velho senhor lhe entrega um anel e pede que o leve até um antiquário, e, dali, Theo vai embora, levando consigo o quadro, intacto, como recordação do evento.

            Ao entregar o anel, Theo acaba se sentindo acolhido por Hobie (Jeffrey Wright), porém seu verdadeiro pai aparece e o leva para o deserto de Las Vegas, onde Theo trava amizade com Boris (Finn Wolfhard, melhor destaque do longa). A partir daí, acompanhamos os abandonos diários da juventude norte-americana largada a aprender a crescer por conta própria.

            Com uma construção intrínseca, o roteiro de Peter Straughan é o ponto forte do longa – cujas atuações não ofereceram mais do que o mínimo necessário, a exceção de Finn Wolfhard. A trama vai sendo construída de modo que os episódios vão avançando a medida que cenas do passado vão sendo apresentadas para esclarecer buracos ainda não elucidados pelo público. Parte disso é mérito do próprio romance de Donna Tartt, mas o roteiro e a edição de ‘O Pintassilgo’ é mesmo o grande destaque, podendo ganhar algumas indicações a prêmios por isso.

            No mais, ‘O Pintassilgo’ é um filme bom, cult, com diversas referências a clássicos da literatura e da música erudita, mas de público direcionado. Ao que parece, é o filme que vai abrir a temporada de longas com possíveis indicações ao Oscar 2020.

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