Crítica | ‘A Caminho de Casa’ – A Aventura do Cãozíneo Fofíneo

Vamos combinar uma coisa: ninguém resiste a uma história com um cãozinho como protagonista, né? E quando descobrimos que ela é baseada em fatos reais – como é o caso de ‘A Caminho de Casa’ – sentimos nosso peito encher de apreço, mesmo sem conhecer os detalhes que compuseram a aventura daquele animalzinho.

            Em ‘A Caminho de Casa’ sentimos essa mesma emoção. A diferença é que, ao contrário da maioria dos filmes de animalzinho, este é narrado pelo próprio bichinho. E isso faz toda a diferença, pois o tempo todo temos o ponto de vista dela.

            Bella é uma filhote de pitbull marrom que é encontrada em um quintal abandonado em frente à casa de Lucas (Jonah Hauer-King), que costuma ir ali para alimentar os gatinhos que igualmente estão ali em situação de abandono. Ao contrário do Brasil, nos Estados Unidos o abandono de animais é realmente levado a sério, e, caso encontrado vagando por aí, o bicho é levado pela carrocinha para um abrigo de animais. Se os humanos do bichinho não aparecerem ou se o animal for reincidente, ele infelizmente é abatido. Sim, isso é lei, e é real nos EUA. E ainda há um agravante: no estado de Denver, onde Lucas e Bella moram, é proibido ter pitbull, e todos eles têm o mesmo destino se descobertos.

            Nem por isso Bella deixa de ser um cãozinho espoleta e danado. E numa das brincadeiras, acaba escapando de casa, se afastando muito. Numa aventura incrível, Bella acaba indo parar a 600km de distância de sua casa. Nesta jornada, ela faz amizades improváveis com humanos e animais selvagens, e descobre como a vida é dura quando estamos longe da família.

            De uma forma sutil, porém bem evidente, o filme demonstra o quanto a imbecilidade humana afeta o meio ambiente. Mas também mostra que o laço de amor entre um humano e um animal é infinito, profundo e verdadeiro para ambas as partes.      

Através de uma narrativa doce e infantil, o filme cumpre seu papel de entreter e aproximar um público muito jovem de uma realidade um pouco cruel, mas que faz parte de nosso dia a dia. É um filme para toda família, que vai fazer você torcer pelo final feliz da história, por mais que, no fundo, você saiba tudo acabou bem – ou, do contrário, não teria virado nem livro nem filme.

Foto: pôster divulgação Sony

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